Nome: André de Jesus, graduado em Educação Física, conhecido no mundo da capoeira como Tony Ramos da Bahia, Contramestre de capoeira, graduado pelos mestres: Mestre Pelé da Bomba, Presidente da Associação Brasileira de Capoeira Angola - ABCA e o mestre Carlinhos Canabrava, no dia 28 de agosto de 2016 em plena inauguração da Academia do mestre Carlinhos.
Teve seu inicio na capoeira com eu avô, Manoel Gomes (Seu Dedé, como era conhecido) no fim da década de 80, ainda muito criança, jogando pernada “capoeira” com seu avô, dentro da cidade de Maragogipe, onde ele passava suas férias escolares. O Seu Dedé, no final de sua vida veio morar com meus pais em Salvador, onde deu continuidade a “pernada” como ele mesmo dizia.
Em meados da década de 90, seu avô, volta à cidade de Maragogipe e acaba falecendo, por causas naturais, já sentindo a hora da morte insistiu em voltar para casa, pois não queria ficar mais longe de sua terrinha, este fato o marcou muito, apesar da pouca idade que tinha no final da década de 90, treinou em um projeto de capoeira na escola a qual estava curando o antigo ginásio colegial no Colégio Francisco da Conceição Menezes, no Cabula. Bairro esse com tradição fortíssima na capoeira, entre os mais cotados podemos resaltar: Mestre Pelé da Bomba (Conjunto Maestro Wanderley), mestre King Kong (dava aula na Aliança dos cegos no São Gonçalo), mestre Barba Branca (também no São Gonçalo), mestre Mundinho Perninha, mestre Raimundo Dias (Vila Dois Irmão), mestre Tonho Carrasco e da Engomadeira: mestre Hulk, mestre Bagu, mestre Já Morreu, Peixe Frito, Badulino e muito mais outros capoeiras.
Em 2003, passou a jogar capoeira na rua, (Capoeira de Rua) no Terreiro de Jesus, Pelourinho, local onde conheceu e conviveu rente a vários mestres, entre eles o saudoso mestre Mica, mestre Pelé da Bomba vendendo berimbaus e assessórios de capoeira no Terreiro de Jesus, como também o mestre Gajé, mestre Macaco do Mercado, mestre King Kong, mestre Beto Mansinho, mestre Cebolinha e vários outros mestres de renomes. No Terreiro de Jesus, era sua academia a céu aberto, Tony estava por lá quase todos os dias, pois na segunda feira o movimento era mais fraco ai ele descia para o Mercado Modelo com o mestre Mica, para jogar no palco do Mercado Modelo com os mestres Gajé, Americano, Macumba ou do Cacau do mercado, e assim passou a conhecer a malandragem do Mestre Mica até se torna seu discípulo. Com o falecimento de Valdemir dos Santos (Mestre Mica) em 2008, pensou seriamente em para com a capoeira, mas graças ao apoio de amigos, como: mestre Didi, mestre Carlinhos Canabrava, formada Simba e contramestre Buscam Longe, logo tirou essa ideia da cabeça.
A pergunta que não quer calar. Por que esse nome? Tony Ramos da Bahia! Esse nome foi dado devido ao seu excesso de pelos no corpo semelhante há um ator brasileiro muito peludo que é Antônio de Carvalho Barbosa mais conhecido como: "Tony Ramos".
Ao chegar sem camisa na roda de verão que o Mestre Didi, roda essa que se inicia no primeiro domingo de dezembro e vão até março no porto da Barra, todos os domingos do verão, ao vê-lo o Mestre Didi parou a roda e foi logo dizendo "Uma salva de palmas para Tony Ramos da Bahia". Ai foi uma festa, deste dia em diante passou a ser chamado de Tony Ramos da Bahia. Este é o real motivo. Mas ele relata que seu primeiro nome de capoeira quem deu foi seu primeiro e maior incentivador na capoeira, seu Dedé, o chamava de "Cabeça de coco á beira mar". Toda família o chamava assim principalmente seu pai, pois sabia que Tony odiava este apelido que seu avô tinha lidado.
No final do ano de 2010, o Mestre Carlinhos Canabrava o aceitou como seu discípulo, como já eram amigos há alguns anos e como foi ele quem o batizou e amarou a primeira graduação no professor Tony Ramos da Bahia, assim como, foi o próprio mestre Carlinhos que levou o já falecido Mestre Mica para a "capoeira de rua", muito antes de se conhecerem, isso pesou bastante na decisão de buscar o mestre Carlinhos. Desde 2013 faz parte da família ABCA- Associação Brasileira de Capoeira Angola, local aonde vem dando continuidade aos seus estudos na Capoeira Angola, junto ao mestre Pelé da Bomba e Mestra Lene.
Em sua monografia, ele defendia o tema: Capoeira Como Metodologia de Ensino e Aprendizagem na Educação Infantil, pois para ele a capoeira pode e deve assumir um importante papel educacional frente à realidade social brasileira na atualidade, principalmente quando se leva em conta o seu caráter pedagógico em detrimento do caráter de espetáculo. Dessa forma, fica mais que explicito a ideia de que o aprendizado deve ir além do ensino dos fundamentos da capoeira em suas execuções analíticas, combinadas e aplicadas em situações de uma simples atividade física, ou seja, deve caminhar na direção do desenvolvimento global do ser humano.
A capoeira como ferramenta de inclusão é muito eficaz tendo esta prática social que se justifica pelo fato de possibilitar à criança conhecer suas características culturais, musicais, etc., onde cada aluno terá a oportunidade de vivenciar, através das experiências com seu professor, inúmeras atividades culturais e esportivas, que construíram seu próprio conhecimento.
O contramestre Tony Ramos, contribui com ações sociais, dentre elas, conduz um ação social, atraves de aulas de capoeira desde 12 de dezembro de 2005, camado de "CALOR INTENSO" devido ao locar não ter ventilação, por tanto é muito quente. Dessa pequena iniciativa que nasceu o ABCArt Bahia.
